Saudade

saudade

saudade

saudade

saudade

saudade

só.

Nota  —  Publicado: outubro 23, 2013 em Uncategorized

Desejei ver você em todos os lugares que passei. Olhei incessantemente o celular na esperança de que você sinta minha falta também. Não,eu sei que não vai sentir.

As coisas que eu não quero ver vem até mim. E como dói. 

Lembranças estão me cortando.

 

(Do I wanna know?)
If this feeling flows both ways
(Sad to see you go)
I’m sorta hoping that you’d stay
(Baby, we both know)
That the nights were mainly made for saying things that you can’t say tomorrow day

Crawling back to you
Ever thought of calling when you’ve had a few?
‘Cause I always do
Maybe I’m too busy being yours to fall for somebody new

Vídeo  —  Publicado: outubro 6, 2013 em Uncategorized

Quanto tempo. Sempre tento entender o porquê de eu recorrer a esse blog quando as coisas desmoronam e a conclusão que eu chego é que eu provavelmente o criei com essa finalidade. Não tenho muitos escapes e acho que aqui é o meu escape limite. Enfim…

“A racionalidade não dá conta da complexidade das emoções humanas.”

Ouvi isso numa aula de literatura e essa frase não sai da minha cabeça. Seria muito mais fácil aceitar as coisas na sua mente e seu coração se aquietar. Ou vice-versa. 

Meu corpo e minha mente estão ligados de uma forma que nunca aconteceu antes. Os dois doem tanto. Saudade dói mesmo. Arrependimento dói mesmo. Ter um coração partido dói de forma física e isso torna tudo muito mais incomodo do que já é. Não basta os pensamentos que te jogam num labirinto de porquês ou os sonhos ou as paranoias. Tem o aperto no peito, o congelamento interno, o suor frio, o estomago, que numa tentativa idiota de me desintoxicar dá voltas e voltas. Não basta o ciúme, a sensação de ser facilmente “substituída” e a inferioridade que me espancam as três da manhã, tem também  a minha cabeça criando cenários de coisas que eu preferia nunca imaginar. E caralho, como dói. Parece que a vida está tentando me transformar numa pessoa filha da puta desde que eu tenho 13 anos e eu não cedo,sempre acreditando que da próxima vez vai ser melhor. Eu vou saber mais e não vai doer.

Minha ingenuidade não tem limite mesmo não…

 

Nota  —  Publicado: outubro 6, 2013 em Uncategorized
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E é difícil não passar por todas essas coisas importantes com você.

Mas fico feliz de ver que você tá bem,pequena.

Arma.

Publicado: junho 4, 2013 em Uncategorized

Uma agitação irritante dizia pra ela que já era hora de levantar e logo depois de ter tirado essa conclusão,sentiu seu celular vibrar por baixo do travesseiro confirmando suas suspeitas.

Mesmo na cama já ouvia as gotas de chuva que caiam lá fora e isso fora suficiente para sorrir. Helena sempre amou a chuva.

Seu sorriso logo se fechou. Não queria levantar,não queria encarar as mesmas pessoas,estava cansada de tudo,dos mesmos rostos todos os dias.

Com um impulso sentou na cama dando de cara com o espelho que havia na parede,aquele que ia do chão até o teto e tinha as bordas de madeira corroídas pelo tempo e pensou nos três meses que lhe restavam.

Três meses de vida  ainda. Três meses sendo obrigada a se levantar sabendo que cedo ou tarde o câncer ia vencer.

As enfermeiras disseram que ela ia perder a consciência depois de se sentir muita cansada durante semanas. E depois de mais semanas inconsciente ela finalmente ia morrer.

Ficou se olhando no espelho. Estava muito muito muito magra. Tinha olheiras profundas e seu cabelo que já fora deslumbrante agora era curto, resultado de uma quimioterapia que não deu certo.

A sensação de saber quando e como se vai morrer é simples e amedrontadora. É como ter uma arma apontada pra sua cabeça o tempo todo. As vezes você esquece, as vezes você sente a arma.

Helena nunca ficara tão ansiosa na sua vida pra três meses se passarem.

Você sabe onde fica a dor,Morena

Publicado: junho 4, 2013 em delírios

Eu tava lá,em estado catatônico sentada num banquinho e pegando chuva,e o gosto da chuva era tão mais doce que as minhas lágrimas. Em um minuto você tava sentada do meu lado.

– Eu sei o que você tá sentindo. To pensando nisso também. Penso nisso toda hora.

– Era TÃO mais fácil e a gente não enxergava isso!

– Aham! e eu ainda estudava. Hahahahaha

Eu olhava nos olhos dela e eu SABIA que não estávamos falando só de uma prova de matemática que pode possivelmente nos fazer enlouquecer no decorrer do ano.

Ela me entendeu. Alguém me entendeu depois de muito tempo.

Efeito do calmante.

Publicado: setembro 23, 2012 em Uncategorized

Segundo texto do dia,porque quando a tristeza é muita,ela escorre pelos olhos,pelo dedo,pela boca,pela garganta e aperta o estomago. E aqui estou eu vomitando palavras de novo,pra ver se eu fico mais vazia. Porque as pessoas são assim: recipientes. A gente enche na medida certa e fica equilibrado,mas se enche um pouquinho  a mais,pronto! Escorre de um lado e pro outro,e derrama no chão,e derrama na roupa,e derrama na vida. É tipo quando a sua mãe enche a forminha de gelo e vai se equilibrando com todo cuidado pra por no freezer da sua geladeira. A lógica é a mesma. Durante a vida a gente acaba se derrubando no chão da cozinha,até vir alguém secar e por no congelador. E você sabe que não tá pensando direito quando você começa a comparar a vida com  uma forminha de gelos.

Desde ontem eu to com vontade de escrever,mas nunca vinha. Tava tudo preso. Eu queria chorar. Eu queria vomitar palavras como se elas não significassem nada. Falar um bando de coisas que se lê em anúncios de jornais quando se está atrasado ou tentando passar o tempo. Mas a verdadeira escrita vem com sentimento. A verdadeira arte nasce da dor.

A verdadeira arte é feita quando se ouve Amy Winehouse com um copo de whisky e cigarros,mas eu sou dessas que se tranca num quarto sem abrir a janela e sem abrir os olhos,também.

Eu sou dessas que tem medo de ficar sozinha em casa porque sabe que vai se torturar. Dessas que faz listinha de música triste pra se deprimir ainda mais. Desse tipinho que se entope de sorvete vendo filme de drama pra ver se o gelado sabor creme sobe do coração pro cérebro.

Sou desse tipinho banal que se encontra em toda esquina.

Nota  —  Publicado: setembro 22, 2012 em Uncategorized